Na Justiça, pai garante acesso ao celular do filho que morreu atropelado - FMP - Fundação Escola Superior do Ministério Público

Imagens: Arquivo Pessoal / Matheus Tagé, A Tribuna

Na cidade de Santos, na 2ª Vara do Juizado Especial Cível da cidade, o juiz Guilherme de Macedo Soares proferiu nova decisão sobre o caso João Vitor Duarte Neves. O jovem morreu atropelado enquanto andava de bicicleta em abril do ano passado, e seu pai conseguiu o direito de acesso ao celular do filho para rever vídeos e fotos. 

Marcelo Cruz, o advogado da família, entrou com uma ação judicial para que a Apple permitisse o acesso ao celular, do modelo iPhone. A empresa informou, na época, que as senhas dos dispositivos de seus clientes são de caráter sigiloso e individual, sem o seu conhecimento. Entretanto, com a autorização da Justiça, agora será feita a transferência dos arquivos e dados salvos na conta do jovem para o dispositivo de seu pai.

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Entenda o caso
João Vitor Duarte passeava de bicicleta pela Avenida Washington Luiz, no bairro Gonzaga, quando foi atropelado. O acidente foi documentado através de um vídeo de uma câmera de monitoramento, que mostra o instante do atropelamento – por um carro que seguia na mesma direção -, que fez o jovem ser arremessado na traseira de uma caminhonete estacionada.

O motorista do carro, de 19 anos, manifestou que não havia percebido João e nem o momento em que o atropelou. O acidente foi avisado por um passageiro do carro, que puxou o freio de mão do veículo quando notou a colisão. Ao descerem do carro, prestaram socorro – de acordo com seus depoimentos à polícia. Contudo, os familiares da vítima questionaram a conduta dos envolvidos e da PM, e manifestaram que a história foi diferente do relatado.

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Conforme matéria do G1, Bruno Gois, o irmão de João declarou que “testemunhas informaram que viram o momento em que três pessoas fugiram do local. Tinha bebidas no carro, e falaram, também, que algumas foram jogadas no canal. Eles falam que prestaram socorro, mas não prestaram. Eles tentaram fugir”.

Ainda, segundo a família, o teste do bafômetro para verificar se o motorista havia consumido bebida alcoólica não foi realizado. No boletim de ocorrência, é informado somente que o motorista não tinha sinais de embriaguez.

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