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O filme “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” continua nas plataformas de streaming – Netflix, YouTube, Globoplay, Telecine, Apple TV+ e Google Play – mesmo após a solicitação de remoção feita pelo governo na semana passada. O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou a censura do longa-metragem, com alegação de uma cena específica que faria apologia à pedofilia, e em seguida pediu pela alteração da classificação indicativa, de 14 para 18 anos. De acordo com a pasta, ambas medidas estão ativas.
O Professor da FMP, Me. Plínio Saraiva Melgaré, comentou sobre o episódio em uma postagem nas redes sociais:
“Filmes de mau gosto, grosseiros, chulos, violentos, com linguagem imprópria, há muitos. Exibir uma cena de pedofilia ou mesmo um personagem pedófilo não é, por si, apologia à pedofilia. O tema talvez seja: o filme é adequado para a faixa etária sugerida – 14 anos? A resposta deve ser não. Então, seria suficiente alterar a sua indicação. Na semana do consumidor, há de se respeitar o direito de consumir filmes de baixa – ou até sem – qualidade. Mas não a medida extrema de impedir sua exibição, em uma espécie de censura a posteriori”.
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Publicada na terça-feira (15/03), no Diário Oficial da União, a censura tem previsão de multa diária de R$ 50 mil, caso as plataformas continuem com o filme em seus catálogos. Isso abre uma discussão sobre liberdade de expressão nas obras artísticas.
“Uma decisão administrativa que determina a exclusão de um filme não nos parece compatível com a normatividade constitucional: afronta às liberdades comunicativas”, alega o Prof. Plínio.
“Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” é estrelado pelo humorista Fábio Porchat e tem o roteiro de Danilo Gentilli, André Catarinacho e Fabrício Bittar. Este último também assina a direção.